quarta-feira, 16 de abril de 2008

ROBERTO CABRINI


Hoje de manhã, assistindo o SP no Ar da Record, fiquei bege, passada com a notícia de que Roberto Cabrini foi preso durante a madrugada e que em seu carro a polícia encontrou alguns papelotes de drogas etc e tal. A notícia foi dada, na minha opinião, as pressas, como uma espécie de "satisfação", já que há algumas semanas o jornalista estreou no programa Domingo Espetacular, da emissora que fez uma grande divulgação da contratação do experiente repórter.


Até brinquei e disse pra minha mãe que parecia mais um 1º de Abril atrasado que outra coisa. Mas a reportagem mostrou o carro dele, etc... Inclusive a própria Record disse que só iria se manifestar, assim que tivesse um parecer da polícia. Agora pouco, ela lançou uma nota a imprensa sobre o ocorrido.


Leia:


Record divulga nota sobre detenção de Roberto Cabrini

Folha Online

A Record divulgou há poucos minutos uma nota sobre a detenção do jornalista Roberto Cabrini, 47, ontem. A emissora da Barra Funda já havia se posicionado sobre o acontecimento por telefone, por meio de sua assessoria, informando que ele fazia uma reportagem investigativa.
Detido na zona sul, Cabrini foi transferido para o 13º DP, na Casa Verde (zona norte) e distribuiu uma nota na qual afirma ser vítima de uma armação. A primeira informação apurada pela Folha Online é que o jornalista teria sido preso com papelotes de cocaína. No texto divulgado hoje, a Record informa acreditar na polícia e na Justiça do Estado de São Paulo.
Leia a íntegra:

"A direção da Record determinou, logo que teve conhecimento sobre a detenção do repórter Roberto Cabrini, que o departamento jurídico da emissora acompanhe atentamente o caso e preste a assessoria necessária ao jornalista, para que o ocorrido seja esclarecido em breve.
A área de jornalismo da Record tinha o registro interno que o repórter estava desenvolvendo uma reportagem de caráter investigativo. Roberto Cabrini é reconhecido pela cobertura de reportagens especiais e por sua trajetória profissional nas principais tevês brasileiras.
A Record acredita na Polícia e na Justiça do Estado de São Paulo e espera a correta elucidação dos fatos.
São Paulo, 16 de abril de 2008"


E tem mais...


Cabrini é transferido para 13º DP e diz que é "vítima de armação"
da Folha Online


O jornalista da Record Roberto Cabrini, 47, detido na noite de ontem em São Paulo, foi transferido na manhã desta quarta-feira (16) do 100º Distrito Policial, no bairro Jardim Herculano (zona sul), para o 13º DP, no bairro Casa Verde (zona norte), informou a assessoria da Polícia Civil.

A Polícia Civil confirmou ainda à Folha Online que Cabrini foi indiciado por tráfico de entorpecentes. Ainda de acordo com o órgão, o jornalista foi preso em flagrante, às 18h45 de ontem, quando seu carro estava parado em frente a uma padaria na rua Deocleciano de Oliveira Filho, no bairro Parque Santo Amaro, região sul de São Paulo. A Polícia Civil diz que o carro de Cabrini parecia suspeito e que policiais responsáveis pela investigação do tráfico de drogas na região resolveram fazer a abordagem e encontraram dez papelotes de cocaína no porta-luvas do veículo do jornalista. No momento da prisão, Cabrini estava acompanhado de uma mulher, cujo nome não foi revelado.


A mulher também foi encaminhada à delegacia. Ela depôs na condição de testemunha e depois foi liberada. Segundo a Polícia Civil, não há previsão para a soltura do jornalista.

Armação

Cabrini disse, em carta enviada à imprensa, que é "vítima de armação". O bilhete, escrito à mão pelo jornalista, foi entregue pelo repórter Carlos Cavalcanti (do extinto "Aqui Agora"), que é amigo de Cabrini, a jornalistas que estavam no 100º Distrito Policial, no bairro Jardim Herculano, na madrugada de hoje, antes da transferência do jornalista.


Na carta, Cabrini diz: "Estou sendo vítima de uma armação, em virtude de estar investigando assuntos que incomodam a muitas pessoas". O jornalista ainda afirmou que vai proteger suas fontes. "Apesar de tudo, comunico que sempre protegi e protegerei minhas fontes, afinal, considero o respeito entre fonte e jornalista um dos princípios mais sagrados da minha profissão", escreveu.


Ainda de acordo com Cabrini, ele investigava um caso antigo, de uma entrevista feita com o líder do PCC. "Jamais parei de investigar e, apesar das inúmeras pressões, sempre tive certeza da autenticidade da entrevista que efetuei em maio de 2006 com o líder da facção, Marcos Camacho", afirma na carta.


O jornalista conta que uma fonte lhe procurou para entregar fitas relacionadas ao caso. "Neste material, o líder confirma a autenticidade da entrevista e fala sobre os fatos que envolveram os ataques de 2006." O jornalista disse que havia assistido a 40 segundos dessa gravação e que fontes do PCC disseram que só dariam esclarecimentos sobre o que aconteceu durante os ataques após garantirem que a revelação não prejudicasse vários detentos.


Segundo Cabrini, três DVDs seriam entregues a ele no encontro de ontem. "Ao invés de receber fitas, houve, sim, uma abordagem policial." Ele não explicou de quem era a cocaína que a polícia afirma ter encontrado em seu carro.

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